População de Jundiapeba e de bairros adjacentes têm assistido atônitos à espantosa sequência de acidentes que vem acontecendo na Rodovia Engenheiro Cândido do Rego Chaves, também conhecida como Estrada das Varinhas, a ponto de a via receber a alcunha, por parte de alguns, de “Rodovia da Morte”.
Só em 2020 foram quatro ocorrências na Estrada das Varinhas, das quais apenas uma não teve vítimas fatais. A primeira foi em janeiro, quando um veículo Fox atingiu dois jovens que vinham em uma moto. Antes da chegada do socorro, os rapazes morreram no próprio local do acidente. A segunda também envolveu um carro e uma moto, embora gravemente ferido, o motoqueiro conseguiu sobreviver. O terceiro acidente se deu em 27 de setembro nas proximidades da portaria do Hospital Doutor Arnaldo Pezzutti. A moto trazendo um casal bateu de frente com um carro que vinha descendo a rodovia. O motorista faleceu instantes após a colisão, já sua namorada, que estava na garupa, após dez dias internada acabou não resistindo.
O quarto acidente foi mais recente. Uma Blaze e um Celta entraram em colisão na noite do dia 18 a ponto de o celta pegar fogo, pai e filho morreram na hora. O motorista da Blaze e demais pessoas que estavam no carro foram socorridos e sobreviveram.
AUSÊNCIA DE REDUTORES DE VELOCIDADE
Desde seu início (no limite com a Avenida Presidente Altino Arantes, em Jundiapeba) até o Parque das Varinhas, a Rodovia Engenheiro Cândido do Rego Chaves conta com apenas um radar, fixado a uns 200 metros do ponto conhecido como portaria do Hospital Doutor Arnaldo Pezzutti, convenhamos: uma tentação para motoristas imprudentes que, não contentes em por suas vidas em risco, também arriscam vidas alheias.
Ainda em Jundiapeba, a Estrada das Varinhas corta dois vilarejos: Vila Barreiro e a região conhecida como DAEE. A população desses locais há anos clama por instalação de lombadas eletrônicas e mais radares, entre outros dispositivos redutores de velocidade. “Por causa do transporte escolar, dezenas de crianças diariamente atravessam essa rodovia, nem faixa de pedestre a via tem, é um perigo constante”, alertava já em 2013 Paula Pereira, moradora do DAEE.
O ÁLCOOL TAMBÉM COMO PROTAGONISTA
Como não poderia deixar de ser, o abuso do álcool ao volante também explica a causa de tantas tragédias na Estrada das Varinhas. Após testes de bafômetro, ficou comprovado que, em pelo menos dois acidentes, motoristas haviam ingerido bebida alcoólica.
Por ser uma área rural, bairros como Parque das Varinhas, Nove de Julho, Parque São Martinho e Quatinga concentram grande quantidade de sítios e chácaras, pontos esses que se encontram no rol de preferência quando o assunto é festas e eventos onde o consumo de bebidas alcoólicas é de praxe. Portanto não é coincidência que 75% dos acidentes aconteceram nos finais de semana…
ALGO PRECISA SER FEITO, COM URGÊNCIA
Não podemos permitir que vidas continuem sendo ceifadas dessa forma. Óbvio que a rodovia sozinha não causa acidentes, o motorista é sim o principal responsável. Todavia, medidas precisam urgentemente ser adotadas, tanto as preventivas quanto as punitivas. Canteiros centrais? Mais radares? Lombadas Eletrônicas? Uma base da Polícia Rodoviária com os agentes aplicando o teste do bafômetro? Tudo isso pode ser perfeitamente discutido, analisado e apresentado aos deputados estaduais que representam a Região do Alto Tietê para posteriormente serem encaminhadas à Secretaria Estadual de Logística e Transportes, responsável pela fiscalização das rodovias estaduais, caso da Engenheiro Cândido do Rêgo Chaves.
O problema está no motorista….no mal motorista….a rodovia precisa de iluminação e corredor para os pedestre que usa essa rodovia todos os dias….os acidente são causados pela imprudência ….