UPA QUER ESTREITAR LAÇOS COM A COMUNIDADE

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Expandir e se aproximar da população através de trabalhos de orientação e amparo, esse foi o projeto apresentado pela direção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jundiapeba em reunião na manhã de ontem (21) com algumas lideranças locais. “Ainda estamos esboçando o projeto, mas a ideia central é aproximar a UPA da população instruindo e orientando focando principalmente nas crianças e nos jovens”, pontuou Marilena Minucci, gerente da UPA de Jundiapeba.O propósito da iniciativa é ajudar a “desafogar” os atendimentos da rede pública de saúde, já um tanto colapsada, e o trabalho terá início nas creches do bairro. “Através de pequenas ações muitas vezes um problema pode ser resolvido em casa mesmo sem precisar recorrer à rede pública de saúde, para citar um exemplo: o índice de crianças engasgadas é muito alto, um simples trabalho de orientação vai ajudar professores e pais a como se procederem diante de situações como essa”, exemplificou Marilena.

Em relação aos jovens, o trabalho consistirá no amparo psicológico. “Desde o início da pandemia, aumentou consideravelmente o número de jovens com depressão, aqui na UPA atendemos inúmeros casos de tentativas de suicídio. Queremos oferecer amparo e orientação, percebo muitos adolescentes sem projetos de vida e sonhos, e isso é preocupante”, complementa Marilena.

DESAFIOS DIÁRIOS

Nos últimos meses, o longo tempo de espera no atendimento tem sido uma das reclamações mais recorrentes por parte dos usuários da UPA. “A capacidade de atendimento da UPA de Jundiapeba é de 9,5 mil/mês, e no entanto nossa média mensal tem sido de 12 mil, só em dezembro foram 15 mil atendimentos, cerca de 25% foram para atender moradores de Suzano, Poá, Ferraz e até Guararema, a grande maioria dessa população nos procura atrás dos medicamentos, por isso as superlotações e a demora no atendimento”, calcula Cristiane de Oliveira Ruiz, coordenadora de Enfermagem.

A demora na transferência hospitalar tem sido outra queixa comum, Cristiane explica. “Contamos com toda infraestrutura necessária para a estabilização clínica do paciente, porém encontramos dificuldades no sistema de liberação de vagas nos hospitais, e a prioridade nas transferências é de acordo com a gravidade do estado do paciente e não por ordem de chegada como muitos pensam. O ideal seria que a espera não ultrapassasse as 24 horas, mas infelizmente isso nem sempre tem sido possível.”

Um outro encontro será agendado para agosto.

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