EMPRESÁRIO DE JUNDIAPEBA CONTA O DRAMA DE TER PARENTES E AMIGOS VÍTIMAS DO CICLONE DO RIO GRANDE DO SUL

NOTÍCIAS
CELSO PASSOU DUAS SEMANAS EM PASSEIO NO RS, VOLTOU PARA MOGI DAS CRUZES POUCOS DIAS ANTES DO INÍCIO DO CICLONE

Em agosto Celso Pedarsini viajou para Encantado, sua cidade natal. O proprietário da Churrascaria e Restaurante Tempero Gaúcho (localizada em Jundiapeba) ficou duas semanas visitando familiares e amigos retornando de viagem no início de setembro poucos dias antes do ciclone extratropical devastar dezenas de cidades gaúchas, incluindo Encantado. “Mais um pouco e eu ficaria preso lá até hoje ilhado pelas inundações.”

Embora aliviado em poder tocar sua rotina normalmente, o empresário lamenta pelos amigos e parentes que não tiveram a mesma sorte. “Minha mãe de 80 anos perdeu todos os móveis, a água chegou a cobrir o segundo pavimento do sobrado em que ela mora, por ser uma pessoa com reservas, ela já conseguiu mobiliar a casa novamente, mas nem todos estavam preparados para essa grande tragédia.”

Além de lamentar o prejuízo material sofrido pela mãe, Celso perdeu quatro amigos de infância. “É muito triste, só quem viu aquilo de perto sabe o que o povo gaúcho passou e vem passando, perdi quatro amigos e tenho tantos outros, além de irmãos, morando em alojamentos porque perderam suas residências, é um cenário desolador.”

Celso destaca o espírito de solidariedade e fraternidade do povo brasileiro. “Chegaram muitas doações de roupas, alimentos, mobílias e até dinheiro, o brasileiro é um povo fantástico, a ponto de as autoridades políticas pedirem para não enviarem mais doações, o que está faltando é mão-de-obra para reconstruírem as cidades destruídas, mas acredito que logo o governo do Rio Grande do Sul e os prefeitos vão começar uma campanha para a contratação de operários e demais profissionais da construção civil.”

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *