Julia Pimentel é irmã de Igor da Silva Oliveira dos Santos, criança de 11 anos de idade portadora de epilepsia e TDH no momento matriculada na escola estadual Paulo Ferrari Massaro, em Jundiapeba.
Júlia narra as dificuldades que a família vem enfrentando para conseguir transporte escolar para Igor. “Desde o começo do ano foi um sofrimento para nossa família por conta do descaso com meu irmão, que tem direito ao transporte escolar por conta do seu estado de saúde e pelo fato de morarmos longe da escola, mas toda vez que minha mãe foi atrás dos seus direitos saiu chorando da sala da diretoria da escola por conta das humilhações que eles fizeram com ela e por não querem dar os devidos direitos do meu irmão dizendo que epilepsia não é nada demais.”
Ainda de acordo com Júlia, foram feitas duas tentativas para se conseguir o transporte escolar para Igor. “Na primeira vez fizeram minha mãe assinar um monte de papel para conseguir o transporte, porém nessa última vez fizeram questão de dizer que meu irmão não tem direito e ainda caçoaram da cara da minha mãe dizendo que ela não ter condições de pagar o transporte porque que nossa família é de “baixa renda”, houve um caso em que meu irmão disse que foi chamado de bu… por um professor devido à dificuldade dele de aprender! Disseram para minha mãe que se ela estivesse incomodada com o jeito deles de ensinar que trocasse meu irmão de escola, e que se meu irmão passasse mal nada fariam, apenas chamariam minha mãe para socorrê-lo. Não vou aceitar que humilhem minha mãe, e meu irmão tem que ser tratado como qualquer outro aluno. Isso é um descaso, bando de gente pobre de espírito!”
RESPOSTA DA ESCOLA PROFESSOR PAULO FERRARI
O Jornal de Jundiapeba entrou em contato com a direção do Paulo Ferrari, que emitiu o seguinte parecer:
Em resposta à postagem da acusação da Senhora Julia Pimentel: A senhora acusa o descaso da escola com relação ao seu irmão Igor, a acusação não procede pois nossa instituição realiza busca ativa frequentemente e por acompanhar de perto a vida de todos os alunos é que entramos em contato com a família para informar a ausência do jovem. Foram realizadas várias ligações telefônicas a fim de dialogar e entender a questão das faltas. No início do ano a mãe do jovem procurou a direção e informou que o filho possui TDH e epilepsia e entregamos fichas para preenchimento solicitando o transporte. Ocorre que ele foi negado pela diretoria pois Epilepsia e TDH não são considerados deficiência, portanto em nenhum momento a escola foi negligente (Possuímos o documento oficial arquivado no prontuário do aluno referente ao transporte). A escola não desconsiderou e informou os responsáveis. Em tempo informamos a família que mesmo se pleiteasse o transporte regular, seu filho não teria direito pois as duas linhas que atendem os alunos são para aqueles que residem no Bairro Varinhas e Bairro Rio Abaixo sendo que, o jovem reside próximo da base policial no mesmo quarteirão da EE. Vânia Cassará. A mãe foi informada ainda que se ocorrer crise de epilepsia com seu filho, iremos sim chamar o SAMU primeiramente até para resguardar a saúde e integridade física do jovem e em seguida entraremos em contato com os responsáveis justamente por serem os responsáveis. A escola não dispõe de médicos ou enfermeiros que possam medicar o jovem, portanto a escola zela pelo jovem e como descreve a Constituição Federal no artigo 205 é de responsabilidade da família zelar e assistir em parceria com a escola pelo desenvolvimento do adolescente. A escola Paulo Ferrari é reconhecida inclusive por outras U.Es e diretorias como sendo um espaço que preza pelo bom convívio priorizando o relacionamento interpessoal e em nenhum momento ofendemos a comunidade inclusive, estranhamos o fato de a senhora Julia Pimentel realizar esse comentário pois essa senhora nunca compareceu à escola portanto, nem tivemos a oportunidade de dialogar quanto a mãe do jovem Igor, a mesma foi atendida por uma equipe e ainda agradeceu pelas informações.